Eu fui para a Paraíba com o firme propósito de engordar de tanto comer gostosuras...
- Tapioca com coco e queijo coalho
- A pamonha mais gostosa do mundo, e vende prontinha no mercado
- Carne de Sol... Na brasa, grelhada, na nata (magnífica), aos quatro queijos, comi carne de sol quase todos os dias.
- Feijão de corda (ou feijão verde), que é o nosso feijão fradinho bem fresco, comprado em favas, debulhado na hora de preparar... O céu!
- Queijo coalho frito
- Queijo coalho no café da manhã, com café quentinho... hum...
Minha tia avó fazendo tapiocas, pamonhas do mercado
e duas versões diferentes de carne de sol com feijão verde.
Você pode fazer umas comprinhas no mercado e trazer umas iguarias. Eu e Mamis refizemos a diagramação das malas... Ai,ai... Meu mochilão veio com as comidas, nada mais, nada menos que 20Kg de comidinhas !!! Apertamos nossas roupas (e a rede vermelha de 4,30m que eu comprei) na mala dela... Quase não fechou a bichinha...
O que você pode comprar no mercado (eu comprei): manteiga de garrafa (tem em embalagem plástica!), goma de tapioca (precisa conservar refrigerado), queijo coalho (comemos no café da manhã, compramos depois a peça inteira na padaria para levar no avião), carne de sol, camarões congelados, descascados, tamanho G, a preços dignos. Na saída pegue um picolé fruttare de cajá, que eu nunca achei no Sudeste. Ah! Compre também as caixas de isopor de 3L que você vai precisar para despachar no avião...
Você pode comprar peixe e camarão nas peixarias das praias, como eu iria precisar congelar de qualquer jeito, eu preferi comprar embalado no mercado.
Que mais? Em Campina Grande compramos 2Kg de Castanha de Caju torradas deliciosas (totalmente diferente daquelas de latinhas) e duas peças retangulares de 2,5Kg cada (!!!) embaladinhas de queijo coalho. Fiquei morrendo de medo de me chamarem no aeroporto... Guardinhas de caras amarradas abrindo minha mala, investigando um possível caso de tráfico de cocaína...
Mas não era isso o que eu queria dizer... Era sobre o Mercado Central de Campina Grande, mais precisamente a feira livre que se forma em volta dele, foi um momento poesia...
Passagens estreitas e sem sol, uma luminosidade azulada filtrada pelas lonas das barracas, o cheiro do asfalto úmido, cheiro de carne exposta, cheiro de cravo, cheiro de doce, pessoas passando numa explosão de cores, peixes em postas com olhos vidrados, muambas de plásticos coloridos, sufocamento, pilhas, palhas, colher de pau, queijo, cheiro de castanhas torradas, santos afros, literatura de cordel ao lado de cds piratas com suas impressões desbotadas... Ali, eu recordei, pelas trilhas dos aromas me lembrei da boneca nua de plástico, feliz dentro do seu carrinho azul com rodinhas cor de rosas: - Mãmãe, foi aqui que você comprou aquela boneca quando eu tinha cinco anos... - Como você pode se lembrar? ... - Foi o cheiro que me contou...
Não tirei fotos, como me arrependo... Todo mundo falando para eu não levar minha máquina... Foto nenhuma iria contar o que eu senti. Procurei fotos na net, nenhuma conta dos cheiros e da escuridão colorida daqueles becos... Você tem que ir lá sentir...
Fotos que achei na net e seus sites: