CABEÇA DE BACALHAU EXISTE!! BERGEN

Bergen foi a despedida da Noruega. É a segunda maior cidade do país,  as casas do bairro Bryggen, lindas e coloridas, são  Patrimônio da Humanidade. A maior parte foi restaurada porque, por algum motivo, o  lugar sempre pegava fogo (talvez porque seja tudo de madeira...), mas há alguma coisa original, quero dizer, com a madeira de 600 anos atrás.

No mercado de peixes você pode comprar um 1/2 pão de hamburguer com salmão cru e pimenta, que é uma delícia, apesar de ser só 1/2 pão... Fico pensando se eles não fazem isso de sacanagem com o turista, para ficar rindo da nossa cara - apesar de não parecer do feitio dos noruegueses... Eu já ia juntando as duas metadinhas (pois fica lá exposto... é pagar e pegar, e eu pensei que estava aberto porque tinha com pimenta e sem pimenta... ora bolas, era para eu escolher) e o moço falou " -no no only one", e eu fiquei com metade da minha face indignada e a outra paralisada de vergonha... Aff! Afff!!!

Coisas que você acha no mercado de peixes: camisas típicas que custam os dois olhos da cara mais a lingua; cabeça de bacalhau; turista pagando mico com meio sanduba de salmão (delicioso), linguiça de alce (sem chance de eu comer...).

Outra coisa legal que eu fiz foi pegar o Funicular de Floyan  e ter uma vista legal da cidade, o lugar tem um monte de lojinhas e um restaurante. Depois demos um passeio rápido por uma rua de pedestres muito legal e com um nome imenso: Torgallmenningen (copiei de um guia aqui...).

Casinhas de Bryggen e vista lá de cima, e do lado de fora, do Funicular.

Fast-tour por Bergen

Neste fim de viagem eu já estava bem gripada, mas ainda estava otimista quanto ao meu estado de saúde. Eu não sabia a febre suicida que meu sistema imunológico estava arquitetando... Voltei para o navio, jantei, e o jantar sempre demorava horrores, não fiquei na festinha da copa, não coloquei a camisa do Brasil... Só queria saber de dormir...

Mas isso não é importante! O importante crianças é que eu vi... Eu vi a cabeça do bacalhau! :D

ALESUND

Ålesund foi o ponto de partida para a visita ao Storfiorde, na verdade subimos por uma estrada sinuosa até um platô de observação. Foi meu ponto mais ao norte, mas, não o mais frio. Não estava ventando, o sol estava maravilhoso e o gelo no solo ajudava a manter a temperatura em torno dos 5°C quando chegamos a um teleférico em Stranda. Uma delícia...rsrsrs

Primavera gelada. 

Eu perdia o fôlego com a paisagem, meu deslumbramento me fez ser negligente com meu sistema imunológico, que já dava sinais do estrago que a ventania na lancha causou. Minha cabeça pesava, mas eu pensei que era algo ligado ao congelamento das minhas meninges, não passou pela minha cabeça nevada que eu estava com uma gripe daquelas...

Do alto do teleférico do lugar impronunciável

Deixe eu falar do silêncio deste lugar...Acho que a Noruega realmente cultua o silêncio como deus. Não ventava, era um nada, uma ausência de estímulos auditivos que me fazia sentir esquisita e solitária. No teleférico barulho  de teleférico, na  lanchonete o zumzumzum de turistas, mas foi só me distanciar disto para ter apenas minha respiração me avisando que eu estava viva. Muito estranho.

Como tudo que é poesia tem um fim, não tardou os brasileiros acharem umas pranchas infantis abandonadas e treinarem um esquibunda, com direito a strike na fila do teleférico, para desespero dos guias. O comportamento muito reprovável dos brasileiros revelam sua inteligência oculta: se eles não atropelassem alguém (e a fila era 99% brasileira) iriam pegar uma descida linda rumo a eternidade...Tchau brazucas...Nunca mais brazucas rrsrs. 

Informação importante: Eu não participei do mico, mas filmei. Estou com problemas de conversão de vídeo. Um dia eu coloco ele aqui.

Já era hora de voltar para o fast tour...  Quem preferiu ficar na cidade fazendo compras pegou a maioria das lojas fechadas, era feriado. Então fizemos a escolha certa. Ainda deu tempo de tomar uma cerveja norueguesa para descongelar.

Ålesund (Å = o, de bolo)

Ålesund tem um atrativo especial para quem gosta de arquitetura, há umas seiscentas construções em Art Nouveau. Mas isso é o tipo de coisa que você descobre no google. Também é a capital do bacalhau, que eu não consegui comer, porque os brasileiros que ficaram na cidade comeram TODO o bacalhau dos restaurantes que estavam abertos!!! Mas eu comi um salmão maravilhoso em uma das minhas poucas incursões gastronômicas na Noruega.

Stavanger + Lysefjord + 1/2 Preikestolen...

Nosso segundo porto foi Stavanger, capital do petróleo da Noruega, mas também, um excelente lugar para você visitar os fiordes. De manhã cedo pegamos uma lancha grande (peço perdão àqueles que entendem de embarcações) rumo ao Lysefjord, neste lugar as paredes de granito chegam aos 1000 metros acima do nível do mar!

Pequena confusão, porque este passeio já estava pago, mas o funcionário da excursão disse que ele não passava pela Pedra do Púlpito, e decidimos comprar o passeio com a agência do cruzeiro. E depois, descobri que era O MESMO PASSEIO!  Afeeee! Graças ao nosso guia conseguimos reverter a situação, e graças à confusão descobri que uma excursão como esta custa 119 dólares, comprando no cruzeiro.

Retrocedendo mais um pouquinho, para tudo fazer sentido: A Pedra do Púlpito, ou Preikestolen,  era o único lugar da Noruega que eu sabia da existência, e como eu queria ir até lá. Infelizmente o tempo na cidade era curto, eu iria gastar umas cinco horas indo e voltando pela trilha (segundo as informações) e iria ter que voltar por conta própria, o risco de perder o cruzeiro era grande... Esse negócio de partir às 5 da tarde já estava me irritando!!!

Resumindo, conformada de não poder subir na pedra, decidi passar por baixo dela, e armou-se a confusão com o funcionário brasileiro que não sabia nada de Preikestolen, aí eu comprei o passeio por 119 por nariz, aí precisei pedir para o guia cancelar, e fiquei na expectativa do prejuízo até o último dia de viagem.

Pausa para fotos...

Visual da Lancha, Lysefjord.

Isso é uma lancha. Ou não? Sei lá.

Apesar do sol maravilhoso, foi o dia que senti mais frio. 

Pedra do Púlpito.

O passeio de lancha demora  umas duas horas (estimativa, Marcelo falou três horas), descemos em algum lugar e voltamos para a cidade de Stavanger de ônibus. A volta também foi um espetáculo, as paisagens são magníficas. Claro que teve  uma paradinha que todo o ônibus de turismo faz numa lojinha, e eu fiquei feliz, porque comprei uma touquinha de cobrir as orelhas e um cachecol. Estava congelada.

Paradinha para comprar e fotos de dentro do ônibus. 

Depois disso tudo não sobrou tempo para muita coisa... Foi aquele fast-tour pela zona portuária da cidade, olhando o relógio, sem perder o navio de vista.

Stavanger

Era para ser o fim do post, nunca coloquei tanta foto no blog,é porque o lugar é lindo mesmo de morrer. Eu ainda não me recuperei de não ter subido na Pedra do Púlpito, e estou ponderando sobre o cruzeiro no Ártico, porque aí é que eu não vou mesmo  subir  a pedra. 

Eu catei gentilmente uma fotinha do site Mdig (onde eu conheci o Preikestolen) para que todos possam compreender minha aflição. Lindo de morrer e ressuscitar para a glória do mundo! :)

Pedra do Púlpito de cima.

Não deixe de ver todas as fotos aqui no Mdig - site recomendado, muito legal.

EMBARCADA NO MAR DO NORTE...

     Estou aqui, em um momento família, fazendo estrogonofe, cuidando de mamis que se recupera de uma cirurgia na mão (e por isso não pode cozinhar, nem pentear os cabelos rsrsrs), provando mais uma vez que todo mundo que põe a cara na tela tem uma vida íntima, particular e imperfeita como qualquer ser humano.

E mamãe não tem empregada, e meu pai só atrapalha, e eu vim para cá dar uma força e cozinhar estrogonofe, que no meu caso está mais para estrogobofe...

Decidi que durante esse pequeno intervalo vou falar sobre o navio que tive o super prazer de conhecer, aproveito o computador daqui e algumas fotos.

Verdade seja dita, não entendo muito de navio, não entendo nada de cruzeiros. Este navio, então, me pareceu lindo e  maravilhoso.  Viajamos de Amsterdam para a Noruega no Celebrity Constellation.

Então vamos apresentar a criança...

Teatro do navio

Bar do navio infestado de canarinhos

Pista de corrida... E eu lentamente caminhando 

Olha que foto biíta!

Cabine

A primeira coisa que eu aprendi é como uma cabine com varanda faz toda a diferença! Há ainda as cabines internas sem nenhuma luz do dia, as externas com uma janelinha, as com varandinhas, como a minha, e as super-suítes-de-vários-tamanhos. Eu, claustrofóbica que sou, agradeci o presente.

Outra vantagem da varanda é  quando sobe o cheiro de cruzeiro... Um cheiro nada agradável, de esgoto que não encontrou o seu destino,  se isso acontecer você abre a porta da varanda. Quando o carpete começa a coçar a alma, você abre a porta da varanda.  Achei um bom investimento.

Você acha mais informações na página http://www.celebritycruises.com/

Eu fiquei namorando um cruzeiro até o circulo polar ártico... Veja aqui.  A cabine com varanda está esgotada, custava quase 4000 dinheiros americanos, por pessoa. Apesar de muito caro, fiquei pensando que com o intinerário complicado que é, valeria o investimento. Antes de mais um sonho de consumo me agarre, eu vou esperar minha irmã-super-radical voltar da viagem dela rumo à aurora boreal para ver quanto custou. Mas claro, eu vou ver o sol da meia-noite, não tenho vocação para cubinho de gelo.

O que vocês acham desse intinerário? Coceirinhas de desejo...