Graças ao vulcão eu ganhei um dia em Madrid. Eu não estava empolgada, depois de uma eternidade no aeroporto de Amsterdam não me restou humor nem saúde. Fomos hospedados em um hotel perto do aeroporto e perto do metro, nosso vôo sairia bem tarde da noite, tínhamos um dia inteiro para um fast-tour.
Pela manhã eu não consegui levantar da cama, Marcelo maravilhoso me levou café, engoli alguma coisa e um antibiótico arrasa quarteirão, juntei minhas últimas forças e fui para estação com um grupinho de brasileiros.
Usei meus conhecimentos mochileiros para desenrolar rapidinho o mapa do metro sob os olhares incrédulos dos meu companheiros e lá fomos nós para a Gran Via, e de lá pegamos o bus vermelhinho de turismo. Deu tudo certo. Pausa para compras no El Corte Ingles, uma grande loja de departamentos. Foi isso. Mas, como eu sempre atraio alguma comédia, o dia não poderia acabar sem uma trágica e cômica situação que eu conto depois das fotos.
Madrid no bus vermelho e lojinha simpática tudo de bichinho.
Madrid no bus vermelho.
Agora a comédia:
O aereoporto de Barajas é imenso e lindo de morrer. Você tem que pegar um trenzinho para ir do saguão até o seu portão de embarque (alôalô você que vai fazer conexão, pode demorar meia hora pra chegar no embarque!). Além do trenzinho você pega elevadores ou esteiras rolantes. Esteiras rolantes inclinadas!!! Não são escadas rolantes!! São esteiras rolantes!!!
E lá vai o grupo 15 pelo aeroporto... Cada ser humano empurrando seu respectivo carrinho entulhado de bagagem. Já pegou um carrinho desses? Se você deixar ele solto está travado, o bichinho não anda. Mas, se você segurar na barrinha de empurrar (tipo a de carrinho de mercado) a desgraça abaixa e só aí sai do lugar. Então é assim: largou, freiou, segurou, soltou. ok
Quem disse que as criaturas brasileiras entenderam isso?!
Eu que já tinha percebido o potencial merdístico da situação, era uma das últimas a entrar na esteira.
Na primeira esteira a primeira ocorrência, um distinto senhor não conseguia exercitar o desapego de largar seu carrinho, o segurava firmemente, e é claro, a maldita gravidade puxou o carrinho ocasionando um pequenino engavetamento...
Na segunda esteira, a mesmíssima pessoa NÃO APRENDEU o macete, lá de cima da montanha rolante pressionou a barra e VOOOÔOOU ladeira abaixo, e nós lá de cima gritando: - Larga Seu José! Solta o ferro seu José! ELE NÃO LARGOU!!! ELE ATROPELOOOU A PRÓPRIA ESPOSAAAA COM O CARRINHOOO! Foi engavetamento monstro! Eu e Marcelo largamos o nosso e corremos esteira acima! " -Sai da frente, sai da frente!" O funcionário do aeroporto precisou desligar a esteira para salvar os brasileiros. (* o nome do cristão não era José, claro... Não quero ser processada).
Não entendeu e quer que eu desenhe? Não resisti, desenhei. Quero dizer rabisquei alguma coisa.
Lá vai seu José esteira abaixo...
Engavetamento e eu correndo...
Na hora foi tenso, mas agora é hilário lembrar.
Arrasou no desenho rsrsrsrs
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