Contando a aventura, ou desventuras... PARTE 1 - O AVIAO

Pois então, sumi porque apareceu uma viagem-prêmio-maravilhosa para o meu namorado-trabalhador-do-ano-e-maravilhoso.  Ele iria lá na Noruega receber o prêmio, eu como sua digníssima iria junto. Desisti de postar on-line porque estava em um momento neurose com segurança e a internet custava 0,61 centavos, de dólar, por minuto.

Mas lá comecei a escrever um post e me manterei fiel a ele, apesar dos palavrões... Perdão por algum erro gramatical. A história começa assim...

Só me resta escrever e esperar.

Estou aqui no aeroporto de Madrid, zero glamour, 24hs sem banho, namorado idem, esperando alguém decidir se nós vamos pegar o próximo vôo para Amsterdam. Tudo isso porque a vaca da Ibéria atrasou mais de 1 hora em Guarulhos.

Quando eu comecei e terminei a  frase acima  estava tendo tonteiras de cansaço e não consegui escrever mais nada... Bem, ainda não dormi, mas, um bom banho, janta e tranquilidade ajudam o cérebro funcionar. Ao chegarmos à Madrid, depois de um vôo tranquilo, mas desconfortável, no avião da Ibéria, perdemos a conexão para Amsterdam. Nosso guia fez um teatro latino digno de bater a mão no balcão, falar alto e discutir horas para tentar colocar 32 pessoas no próximo vôo. Veja isso, atrasamos em São Paulo por causa deles, eles nem aí, e olha que era um grupo grande, veja que burrice, a Ibéria  precisou arranjar lugar para esta gente toda.

Como se já não fosse emoção o suficiente, o guia só conseguiu 18 lugares. Por puro sorteio o Marcelo ia e eu não, estava em stand by, somente se alguém faltasse eu iria. Fiquei como a primeira da fila de espera. O Marcelo ficou parado na ponte, túnel móvel, não sei o nome, igual um cão sem dono, não queria me deixar e eu tampouco estava satisfeita com aquilo. Senti vontade de chorar...

Por fim alguém faltou e eu entrei, emoção, adrenalina, correria, ainda consegui trocar de lugar e sentar do ladinho. Ufa...

Devo concordar que a Ibéria é toda essa porcaria que dizem...

Acabou a emoção? Nãooooo

CADE A PORRA DA MALA QUE AINDA NÃO CHEGOU!!!

São 00:11, hora local, e eu to sem minha mala, e o Marcelo sem a dele...

Recapitulando...

Era para eu pegar o vôo de conexão das 12:15 em Madrid,estávamos no portão de embarque neste exato momento suados e ofegantes de tanto correr, mas não adiantou, pegamos o das 15:55. Tem o restinho do povo que chegou quase agora, em outro vôo, e ainda tem mala que não chegou. E a minha e do Marcelo entre elas...

Já desisti de postar on line, minha mãe vai ter um treco. O aeroporto de Barcelona foi fechado... Estou um tanto ansiosa.

AGORA SÓ PENSO NA MALA. PQP IBERIA! 08/MAY

Continuando agora já em solo brasileiro...

Só reencontrei minha mala 48 horas depois, beijei, abracei e pulei para São Longuinho.

o Marcelo fotografa tudo mesmo...

Bem, então deixe-me pular o meio da viagem, que foi linda, e xingar tudo o que eu tenho para xingar...

Estatisticamente todo mal já tinha acontecido e a promessa era de paz.

Eu queria que a Ibéria se explodisse toda, com ninguém dentro dos aviões, óbvio. Mas, qual não foi minha surpresa e total desespero ao constatar que era o Vulcão de nome esquisito que estava explodindo... Ou pelo menos ameaçando.

Espaço aéreo fechado e eu querendo voltar para casa...  E viver o noticiário da TV na pele é horrível.

O meu vôo de retorno ao Brasil estava marcado para ao 08:30 da manhã, e portanto havia chegado às 06:30 no aeroporto, e pelo mesmo motivo havia acordado às 04:00 da madrugada. E ainda, para aproveitar a última noite em Amsterdam e tentar dormir no avião de tão cansada, e acabar de arrumar a mala, fui dormir às 01:00 da desditosa madrugada!

Obrigada São Pedro, Santa Catarina, São Longuinho e demais santos por mim clamados por reabrirem o espaço aéreo. Ás 19:15 daquele dia, consegui embarcar para Madrid.

Não consegui dormir no avião!

Não consegui dormir hora nenhuma! Apesar de ter me deitado na esteira do check-in da Ibéria.

Tá bom, todo mundo curtindo o aeroporto... Na fotinha do meio a prova que eu sou uma namorada legal e emprestei minha caminha pro namorado. Ele dormiu...

E chegamos eu, Marcelo e o Grupo 15 (vocês vão ler mais sobre ele...), em Madrid, à noite, sem reservas de hotel. 

Uma hora se passou e ficamos sabendo do hotel, iríamos esperar o ônibus.

Mais uma hora e nada dos malditos ônibus!

Fomos todos de taxi, casal a casal, para o hotel.

E eu com uma febre que mastigava os músculos... E neste meio tempo, descobri que o vôo para Garulhos possível era  as 00:30, do outro dia. Deveríamos ficar então um dia em Madrid e naquele momento eu não estava interassada em estar em Madrid, nem de graça!

Então, meus formais xingamentos à Ibéria e ao vulcão da Islândia.

Pois é, eu sofri. E que bom que minha mãe vai saber só agora...

Mas eu tenho muita coisa boa para contar...