No nosso roteiro era hora de ir para Porto Seguro (apesar de Caraíva estar ali pertinho de Corumbau não é possível chegar de lá carro). Mas antes, fomos conhecer o Parque Nacional do Monte Pascoal.
Além do calor e mosquitos, fotografamos alguns pássaros e vimos uma mata exuberante.
Monte Pascoal lá longe e fotinhas do parque.
Eu pesquisei sobre o parque pois não sabia nada mesmo sobre ele.Está no site do Ibama assim: "Há notícias sobre a existência do grupo indígena Pataxó no extremo sul da Bahia desde o século XVI. Esses indígenas, que naquela época já eram bastante influenciados pela cultura civilizada, possuíam pequena tradição agrícola, o que aliado ao assédio dos madeireiros da região, levou- os a desmatar e comercializar a cobertura vegetal nativa existente. Este fato aliado à expansão agrícola da região culminou com a propostas de criação da unidade. A primeira proposta de protegê-lo partiu da comissão nomeada pelo Governo Federal na década de 30, encarregada de determinar o exato ponto do descobrimento do Brasil, presidida por Bernardino José de Souza. A concretização dessa proposta partiu do General Pinto Aleixo, que criou o parque Monte Pascoal em terras devolutas do estado"
Tudo muito bom, muito bonito, mas agora o assunto começa a ficar sério.
Pagamos 30 reais para sermos guiados por um índio no parque, e sem guia nada feito. Nenhum funcionário por lá. Zero.
A nossa guia era bem simpática e nada a reclamar dela.
Mas vamos meditar sobre o assunto...
Essa questão indígena é polêmica ...
A região do Monte Pascoal além de Parque Nacional é monumento natural e é também reserva da biosfera, faz parte do pouco que nos restou da mata atlântica. Ou seja, o que não falta é legislação sobre a área.
Mais em 2000 os índios Pataxós reivindicaram a terra, a tomaram por assim dizer.
E a discussão legal nesta caso complica mais ainda, porque segundo a constituição as terras tradicionalmente ocupadas pelos indios são de uso exclusivo dos índios. E aí é um cabo de guerra de leis, decretos e resoluções que no final das contas emperra a coisa toda.
E se continuarmos vamos começar a discutir o que é tradicionalmente ocupada...
E este é um blog de viagens ...e é para ser divertido...enfim.
Mas eu nao me contenho!!!
Me conta uma coisa...Vender artesanato para o turista é "atividade tradicional"???
E tudo bem desmatar a floresta, vender para madereiras? Isso também é atividade tradicional???
Melhor eu parar por aqui...
Mas vou copiar uns artigos da nossa Constituição Federal (que devemos, deveríamos, TODOS ler, saber, de cabo à rabo...)
Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações
...
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais
“Art. 231. São reconhecidos aos índios sua
organização social, costumes, línguas,
crenças e tradições, e os direitos originários
sobre as terras que tradicionalmente
ocupam, competindo à União demarcá-las,
proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas
pelos índios as por eles habitadas em
caráter permanente, as utilizadas para
suas atividades produtivas, as
imprescindíveis à preservação dos
recursos ambientais necessários a seu
bem-estar e as necessárias a sua
reprodução física e cultural, segundo seus
usos, costumes e tradições.
§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas
pelos índios destinam-se a sua posse
permanente, cabendo-lhes o usufruto
exclusivo das riquezas do solo, dos rios e
dos lagos nelas existentes”.
Então
Agora chupa essa manga....
Quer ir lá?
....O acesso é feito, por via terrestre, através da rodovia BR-101, no trecho situado entre as cidades baianas de Itamaraju e Itabela, percorrendo uma estrada (BR-498) asfaltada que tem início na BR-101 com cerca de 14 km até a entrada. A cidade de Itamaraju fica a 750 km da capital do estado, sendo a mais próxima à Unidade.
O acesso é feito, por via terrestre, através da rodovia BR-101, no trecho situado entre as cidades baianas de Itamaraju e Itabela, percorrendo uma estrada (BR-498) asfaltada que tem início na BR-101 com cerca de 14 km até a entrada. A cidade de Itamaraju fica a 750 km da capital do estado, sendo a mais próxima à Unidade. Fonte: Uol no crtlC+CtrlV porque eu não ia saber explicar mesmo.