Ao nos despedirmos de Pancas, decidimos passar na Reserva da Vale em Linhares, ainda Espírito Santo.
Um luxo!!! Sob minha ótica, claro...Um luxo!
Depois de umas três horas de viagem chegamos. Muito espaço, ar puro, cervejinha na beira da piscina com meu chapéu vermelho, mini-trilhas pela Mata Atlântica, hidromassagem natural, laguinho, lagão, vários bichinhos, café da manhã, almoço e... mosquitos...
Descobri enquanto visitava a hidromassagem, algo que estava na grama atacou minhas pernas e eu pensei que eram umas cinquenta pulgas, mas claro que não haveria pulgas lá, eram maruins..iiirc!!
Não há espaço para glamour, isso acaba após a primeira nuvem de maruim, mosquitinhos que andam em quadrilha e roubam seu sangue à queima-roupa, além dos tradicionais pernilongos. A linda cabana de eucalipto, com o ar devidamente ligado, portas e janelas fechadas, abrigava pelo menos uns trinta pernilongos (mas não maruins), mortos ao longo da noite. Resultado: pomada anti-histamínica no lugar do hidratante. Sem problemas! Eu estava empolgada demais para importar.
No segundo dia fomos fazer a mini-trilha com o monitor ambiental que estava com o pé machucado por causa de um jogo de futebol (O segundo guia sequelado! O guia que tentamos em Pancas estava com a perna quebrana por causa de um rapel). Descobrimos, acho que cheguei a ler isso no site, que há guias especializados em observação de pássaros, que nos levam para o interior das matas de madrugada, mas você precisa reservar o serviço...e pagar, claro que tem que pagar, R$101,00 (porque o um???) por dia, por pessoa. Ui!
Mesmo sem guia e sem desbravar a Mata Atlântica fotografamos vários bichinhos, destaque para o quati que eu peguei com a boca na jaca, pertinho de nossa cabana.
Agora a parte séria da questão: A reserva da Vale junto com a Reserva de Biológica de Sooretama formam o maior trecho contínuo de Mata Atlântica que nós ainda temos. Sem querer redimir todos os eco-pecados que a Vale do Rio Doce já cometeu, preciso dizer que o trabalho que está sendo desenvolvido é muito bom! Não é apenas conservacionista, mas há programas de educação ambiental e um importante viveiro de mudas.
Há que se combater a caça, grave problema enfrentado, que é social: Além da necessidade de outra opção de renda, a população (os caçadores) precisam ser convencidos ( e reprimidos) a trabalharem ao invés de caçar...
E tem que colocar quebra-mola na estrada, paciência. Ninguém quer parar para a paca passar... (Ficou cacofônico, não foi? rsrs )
Ah!Lembrei!
Você tem menos de trinta anos, uma propriedade de terra que não sabe o que fazer e quer assegurar a aposentadoria? Plante Jacarandá. Se filho nasceu e você quer fazer um pezão-de-meia para ele? Plante Jacarandá. Você compra as mudas, contrata a consultoria da Vale (pois elas precisam crescer certinhas, sem bifurcar, para valer mais), espera trinta anos e ganha uma grana preta!!!
Centro de visitantes com muitas informações sobre a reserva
Acima é um dos vários laguinhos, abaixo escoadouro do lagão
Nosso Chalé e abaixo a série "com a boca na botija"
Fiquei conhecendo mais da Reserva do que em qualquer outra pesquisa que fiz, adorei e vou prá lá esse final de semana, levando repelente e tudo!
ResponderExcluirQue bom ler isso!! A intenção é partilhar as informações! :D Boa viagem!!! O sorvete de caju de lá é ótimo!
ResponderExcluirSimone, seus comentários foram hilários, quase desistir de ir por causa dos pernilongos.
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