domingo, 27 de dezembro de 2009

PARQUE NACIONAL DO MONTE PASCOAL

No nosso roteiro era hora de ir para Porto Seguro (apesar de Caraíva estar ali pertinho de Corumbau não é possível  chegar de lá carro). Mas antes, fomos conhecer o Parque Nacional do Monte Pascoal.

Além do calor e mosquitos, fotografamos alguns pássaros e vimos uma mata exuberante.

Monte Pascoal lá longe e fotinhas do parque.

Eu pesquisei sobre o parque pois não sabia nada mesmo sobre ele.Está no site do Ibama assim: "Há notícias sobre a existência do grupo indígena Pataxó no extremo sul da Bahia desde o século XVI. Esses indígenas, que naquela época já eram bastante influenciados pela cultura civilizada, possuíam pequena tradição agrícola, o que aliado ao assédio dos madeireiros da região, levou- os a desmatar e comercializar a cobertura vegetal nativa existente. Este fato aliado à expansão agrícola da região culminou com a propostas de criação da unidade. A primeira proposta de protegê-lo partiu da comissão nomeada pelo Governo Federal na década de 30, encarregada de determinar o exato ponto do descobrimento do Brasil, presidida por Bernardino José de Souza. A concretização dessa proposta partiu do General Pinto Aleixo, que criou o parque Monte Pascoal em terras devolutas do estado"

Tudo muito bom, muito bonito, mas agora o assunto começa a ficar sério.
Pagamos 30 reais para sermos guiados por um índio no parque, e sem guia nada feito. Nenhum funcionário por lá. Zero.
A  nossa guia era bem simpática e nada a reclamar dela.
Mas vamos meditar sobre o assunto...
Essa questão indígena é  polêmica ...

A região do Monte Pascoal  além de Parque Nacional é monumento natural e é também reserva da biosfera, faz parte do pouco que nos restou da mata atlântica. Ou seja, o que não falta é legislação sobre a área.

Mais em 2000 os índios Pataxós reivindicaram a terra, a tomaram por assim dizer.

E a discussão legal nesta caso complica mais ainda, porque segundo a constituição as terras tradicionalmente ocupadas pelos indios são de uso exclusivo dos índios. E aí é um cabo de guerra de leis, decretos e resoluções que no final das contas emperra a coisa toda.
E se continuarmos vamos começar a discutir o que é tradicionalmente ocupada...
E este é um blog de viagens ...e é para ser divertido...enfim.

Mas eu nao me contenho!!!
Me conta uma coisa...Vender artesanato para o turista é "atividade tradicional"???
E tudo bem desmatar a floresta, vender para madereiras? Isso também é atividade tradicional???

Melhor eu parar por aqui...
Mas vou copiar uns artigos da nossa Constituição Federal (que devemos, deveríamos,  TODOS ler, saber, de cabo à rabo...)

Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações
...
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais


“Art. 231. São reconhecidos aos índios sua
organização social, costumes, línguas,
crenças e tradições, e os direitos originários
sobre as terras que tradicionalmente
ocupam, competindo à União demarcá-las,
proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas
pelos índios as por eles habitadas em
caráter permanente, as utilizadas para
suas atividades produtivas, as
imprescindíveis à preservação dos
recursos ambientais necessários a seu
bem-estar e as necessárias a sua
reprodução física e cultural, segundo seus
usos, costumes e tradições.
§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas
pelos índios destinam-se a sua posse
permanente, cabendo-lhes o usufruto
exclusivo das riquezas do solo, dos rios e
dos lagos nelas existentes”.


Então


Agora chupa essa manga....


Quer ir lá?
....O acesso é feito, por via terrestre, através da rodovia BR-101, no trecho situado entre as cidades baianas de Itamaraju e Itabela, percorrendo uma estrada (BR-498) asfaltada que tem início na BR-101 com cerca de 14 km até a entrada. A cidade de Itamaraju fica a 750 km da capital do estado, sendo a mais próxima à Unidade.
O acesso é feito, por via terrestre, através da rodovia BR-101, no trecho situado entre as cidades baianas de Itamaraju e Itabela, percorrendo uma estrada (BR-498) asfaltada que tem início na BR-101 com cerca de 14 km até a entrada. A cidade de Itamaraju fica a 750 km da capital do estado, sendo a mais próxima à Unidade. Fonte: Uol no crtlC+CtrlV porque eu não ia saber explicar mesmo.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

CORUMBAU - O PARAÍSO ESTÁ EM PRADO!!!


Rio Corumbau


Amei... É absolutamente maravilhoso.
As fotos não são justas à beleza do lugar...


Demoramos uma hora e quarenta minutos para chegar...
Não entendo de carro, mas não usamos a tração nenhuma vez, então acho que a estrada não é tão absurdamente difícil, vimos hmmmm...dois carros de passeio, tipo fiat uno, um caminhão e um ônibus.
De qualquer forma perguntei para o Marcelo sobre o carro e ele disse que qualquer um que não seja baixinho demais consegue, fusca também, ele respondeu... Moto? Óbvio que moto chega Simone...
Então, apesar do guia 4Rodas dizer que a estrada está cada vez mais precária, eu achei possível (até porque os habitantes entram e sai de lá, e a coca-cola e a cerveja não chega de canoa...)




A noite pode ser muito longa ali, não tem iluminação na rua e fica aflitivo andar por aí, mesmo com lanterna. Não escutei baladinha alguma, o que dever ser muito bom porque eu não escutei nenhum axé (desculpa aí o pessoal do axé, mas tem axés e axés... Caetano Veloso cantando “Avisa-lá-o-o-avisá-lá-queu-vou” é axé... Não é? Esse eu gosto).


Não tem tv no quarto, não tem horário de verão, não tem internet (acho que não, não procurei saber), mas, tem sinal de celular... Enfim. Eu estava olhando o céu com incontáveis estrelas e algumas cadentes, e uma lua sorridente. Não há nada mais filosófico nesta vida do que isso...E eu evito sempre que possível.
Pareci futil agora... É que cansei mesmo de me perguntar de onde eu vim, pra onde eu vou e se eram deuses os astronautas. Eu não sei a resposta!!! Nãaao seeei! O.o
Resumindo, não fiquei nem dez minutos vendo o céu, quando o Marcelo soltou que as luzes das estrelas são passado, e o que é presente é o passado que agente acha que é presente, resolvi entrar e me preparar para comer uma pizza no hotel.


Acho que devo mudar a palavra filosofia por discussões místicas-meta-físicas-ovnianas-etc porque eu adooooro discussões filosóficas-históricas-freudianas-neurológicas sobre a natureza humana, esta última mais acessível para mim.


Manter o foco....Manter o foco...


Voltando ao que interessa...


Fiquei no Jokotoka, o hotel mais antigo da região e, novamente, segundo o Guia 4Rodas com clima bem rústico, com uma casinha apenas na avaliação... Custou 160 dinheiros, o casal, claro. Eu achei muito bom, maravilhoso! Os chalés possuem ar condicionado, tem piscina, o atendimento é ótimo, a comida é muito boa, tem uma área livre legal... Não é um luxo? E o mais importante: É o mais próximo da Ponta do Corumbau propriamente dito. O mais próximo que tem ar condicionado, mais próximo até que o mais caro de todos da região.






Tudo chega lá de estrada de chão, canoa... Ou helicóptero...
Então paguei R$5,00 na garrafa de Bohemia. Ok, certo?


Tem uma pousada chamada Canal do Pampo, bem perto da ponta, bem simples, sem ar e custava (acho) que 80 dinheiros.


O aluguel do barquinho até os corais foram R$150,00 só nós dois.


O lugar tem uns trezentos habitantes...



Paraíso!!!



Trinta "mil" Réis



Vocês não imaginam o talento...



Nesta foto aparece bem os corais





Desbravando mais um pedacinho da Reserva de Corumbau








Paraíso



Paraíso




link legal com hospedagem e outras coisitas


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

FINALMENTE BAHIA - CUMURUXATIBA!!!


Na foto: Praia do Moreira


Sonhava tanto tempo com esse lugar, muito antes de me imaginar colocando os pés na Europa.
Não me decepcionei...

Depois do almoço nos despedimos da Reserva da Vale e de Linhares e partimos rumo à Bahia.
Calorão na estrada...
Calorão na estrada...
Mais quatro horas de viagem chegamos!
Chegamos, chegamos!


E foi só pisar na Bahia para uma preguiça imensa tomar conta de mim, foi escolher a pousada, jantar e dormir, profundamente.


Chegando em Prado há muitas pousadas, mas tudo é muito urbano, no centrinho de Cumuruxatiba ainda estávamos achando tudo urbano, e eu já olhava no guia quatro rodas o preço das pousadas...
Decidimos adentrar mais, aí começou a ficar legal, e eu comecei a ficar com medo dos preços.
Paramos em frente a Pousada É, na Praia do Rio do Peixe Grande (em algum lugar eu li boas referências) e já que era baixa temporada, e era segunda-feira, decidimos perguntar e a resposta nos agradou R$100,00 o casal, ótimo. Ficamos em um quarto charmoso com cama no mezanino. Decidimos jantar no Restaurante do Suíço anexo, um peixe com camarão e alcaparras muito bom, não exatamente barato. Vimos logo que comer por aqui custava vários dinheirinhos.





Clássico de Cumuru - O Pier (ou o que restou dele...)



Visual do quarto



No outro dia mais preguiça, mas conseguimos caminhar nas praias do peixe pequeno, e grande, até as falésias, a diferença entre preamar e baixamar é imensa (aliás Cumuruxatiba quer dizer exatamente isso, ou algo assim). Almoçamos uma comidinha divina no Restaurante Catamarã, na Praia da Areia Preta, levemente mais em conta (e tem caipvodka de pitanga...e de cajá !!!).
Terminamos empolgados (depois de duas caipivodkas, de cajá e pitanga...) a caminho da Barra do Cahy, que é relativamente perto (12km de estrada de chão) desde que não se erre o caminho.


E??? Adivinhe?! Nos perdermos (!!!), por um motivo idiota: há uma placa verde escrito: Fazenda Santa Rita, 3km Barra do Cahy, o que entendemos? Que tal fazenda ficava 3km após a Barra do Cahy, que chegaríamos nos mantendo na estradinha onde estávamos. Nada disso! Nada disso! Era para virar ali que em 3km chegaríamos à Fazenda e à Barra do Cahy. AAAAfeeee! Andamos 5km Bahia adentro até começarmos a estranhar a demora... Então vimos o Monte Pascoal, eba! Foto! E depois raciocinamos que ele estava do lado errado. Opaaa!!! Cena hilária!









Barra do Cahy



"-Tô certa ou tô errada???"





Mas chegamos lá, o primeiro pedacinho de terra brasileira avistada, dei pulinhos de alegria!
Bem...Houve uma chuva passageira que nos prendeu uns longos vinte minutos (ou trinta, ou quarenta) debaixo de uma amendoeira.




No dia seguinte fomos até a Praia do Moreira durante a baixamar e o visual é incrível, prova que não dá pra dar tibum impunimente nas praias de Cumuruxatiba, o risco de se quebrar a cabeça é alto. Fomos também à Imbassaúba, mas a achamos isolada demais da conta, erma, perigosamente erma, do tipo que se um serial killer nos atacasse nossa ossada só seria encontrada uns três anos depois, fomos embora rápido. Eu tenho essas crises vez em quando.


Voltamos a Barra do Cahy sem chuva alguma e caminhos mais, prêmio absoluto de fotogenia até agora! Há uma bar-camping que deve ficar agitado na alta temporada, mas não achei nenhum telefone pintado para divulgar. Amei a imensidão de mar e areia só para mim!!! (e dessa vez não achei nada perigosamente ermo, vai entender...)




Bar-camping na Barra do Cahy





Baixamar



Barra do Cahy



Eus















terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Reserva Natural da Vale - Linhares/ES

Ao nos despedirmos de Pancas, decidimos passar na Reserva da Vale em Linhares, ainda Espírito Santo.

Um luxo!!! Sob minha ótica, claro...Um luxo!
Depois de umas três horas de viagem chegamos. Muito espaço, ar puro, cervejinha na beira da piscina com meu chapéu vermelho, mini-trilhas pela Mata Atlântica, hidromassagem natural, laguinho, lagão, vários bichinhos, café da manhã, almoço e... mosquitos...

Descobri enquanto visitava a hidromassagem, algo que estava na grama atacou minhas pernas e eu pensei que eram umas cinquenta pulgas, mas claro que não haveria pulgas lá, eram maruins..iiirc!!

Não há espaço para glamour, isso acaba após a primeira nuvem de maruim, mosquitinhos que andam em quadrilha e roubam seu sangue à queima-roupa, além dos tradicionais pernilongos. A linda cabana de eucalipto, com o ar devidamente ligado, portas e janelas fechadas, abrigava pelo menos uns trinta pernilongos (mas não maruins), mortos ao longo da noite. Resultado: pomada anti-histamínica no lugar do hidratante. Sem problemas! Eu estava empolgada demais para importar.

No segundo dia fomos fazer a mini-trilha com o monitor ambiental que estava com o pé machucado por causa de um jogo de futebol (O segundo guia sequelado! O guia que tentamos em Pancas estava com a perna quebrana por causa de um rapel). Descobrimos, acho que cheguei a ler isso no site, que há guias especializados em observação de pássaros, que nos levam para o interior das matas de madrugada, mas você precisa reservar o serviço...e pagar, claro que tem que pagar, R$101,00 (porque o um???) por dia, por pessoa. Ui!

Mesmo sem guia e sem desbravar a Mata Atlântica fotografamos vários bichinhos, destaque para o quati que eu peguei com a boca na jaca, pertinho de nossa cabana.

Agora a parte séria da questão: A reserva da Vale junto com a Reserva de Biológica de Sooretama formam o maior trecho contínuo de Mata Atlântica que nós ainda temos. Sem querer redimir todos os eco-pecados que a Vale do Rio Doce já cometeu, preciso dizer que o trabalho que está sendo desenvolvido é muito bom! Não é apenas conservacionista, mas há programas de educação ambiental e um importante viveiro de mudas.

Há que se combater a caça, grave problema enfrentado, que é social: Além da necessidade de outra opção de renda, a população (os caçadores) precisam ser convencidos ( e reprimidos) a trabalharem ao invés de caçar...

E tem que colocar quebra-mola na estrada, paciência. Ninguém quer parar para a paca passar... (Ficou cacofônico, não foi? rsrs )

Ah!Lembrei!

Você tem menos de trinta anos, uma propriedade de terra que não sabe o que fazer e quer assegurar a aposentadoria? Plante Jacarandá. Se filho nasceu e você quer fazer um pezão-de-meia para ele? Plante Jacarandá. Você compra as mudas, contrata a consultoria da Vale (pois elas precisam crescer certinhas, sem bifurcar, para valer mais), espera trinta anos e ganha uma grana preta!!!

Centro de visitantes com muitas informações sobre a reserva

Acima é um dos vários laguinhos, abaixo escoadouro do lagão


Nosso Chalé e abaixo a série "com a boca na botija"



sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

PANCAS EXISTE!!!

Vista de Pancas, tem mais fotos no final....

Após 11 horas de viagem...(11 horas!) chegamos a primeira parada das férias, a cidade de Pancas no Espírito Santo. Isso aconteceu em 11 de novembro.
Pancas não está ainda nas rotas turísticas, e não é uma cidade preparada para isso na verdade, há apenas poucos meses atrás eu ouvi falar dela. Pancas era um distrito de Colatina que se emancipou em 1963, de colonização pomerana (entre Polonia e Alemanha, não existe mais), é uma cidade pequena, com muitas propriedades rurais .

E o que Pancas tem? Tem uma das paisagens naturais mais incríveis que eu já vi, e já foi considerada a pista de vôo livre com a vista mais linda do mundo, segundo me contaram alguns moradores, mas não achei essa menção honrosa na net, tudo bem. Eu não tenho desejo nenhum de experimentar, até a presente data, as emoções de qualquer modalidade deste esporte, mas fui experimentar outros dois, a caminhada e a fotografia.

Não há ainda uma boa infraestrutura para receber o turista o que leva alguns (ou a maioria) a se hospedarem em Colatina, levando para esta cidade parte da renda que deveria ficar em Pancas. Além disso, a história pomerana criou uma cultura mais reservada nos cidadãos panquenses (quem nasce em Pancas não é pancado, olha o respeito!), haja vista que os imigrantes daqui fugiram da Alemanhã para achar abrigo entre os Pontões Capixabas, e até no nosso país foram eles perseguidos.

Recentemente, uma tentativa de criar um parque nacional gerou uma grande polêmica, os proprietários iriam perder suas terras e foram taxados de criminosos por desmatar a região, alguns outros proprietários, por sua vez, defendiam que a área só estava preservada por causa de seus cuidados... A solução foi adequar a região como monumento natural, o que resolveu apenas em parte a situação, pois segundo as informações que eu tive, tudo agora na cidade necessita da anuência de um órgão (eu não sei qual) que não tem nenhum representante na cidade e tudo precisa ser feito através de Brasília e isto vai emperrando a cidade.

Também ouvi que eles não possuem incentivo para preservar a áreas, e os que o fazem (e alguns muito bem) o fazem por desejo, ou por esperarem a solução que vai permitir o desenvolvimento do turismo sustentável na cidade. Parece que é complicado também conseguir empréstimo a juros baixos para conseguir construir uma pousada por exemplo, ou subsídio para a agricultura local, tudo porque estão em área de preservação.


Não sei o quanto disto é verdade, mas fui recebida muito bem por um agricultor e político da região, que me contou esta história toda e me mostrou seu lindo sítio. Acho que o mínimo que posso fazer em agradecimento é divulgar seu ponto de vista (sem que isso signifique que eu concorde com ele, ou discorde). Se alguém quiser se manifestar sobre as controvérsias das políticas agrárias e ambientalistas do Brasil o espaço está aberto para discussões.

Mas, voltando as viagens...
e você vai viajar pelo Espírito Santo, esta indo para a Bahia ou coisa assim, abra o mapa e veja se Pancas está na sua rota, se estiver vale muito a pena passar por lá e conhecer a rampa de vôo livre.

Não sei porque... Mas esqueci o nome desta pedra... (geólogos me perdoem pelo "pedra")
Vista do alto da pista de vôo livre





Mas neeeem morta!


Para maiores informações, links:

Site da Prefeirura de Pancas
Associação de vôo livre de Pancas
Gabeira falando sobre o Parque dos Pontões Capixabas











terça-feira, 1 de dezembro de 2009

CHEGANDO EM CASA...

Cheguei em casa... Ainda com cheiro de mar e o som das ondas na mente. Saí daqui "morena palmito" e cheguei bem melhor :)
E são tantas informações que ainda estou um tanto perdida. Contribuindo para a perdição, descobri que meus posts offline foram escritos em .odt e eu não estou conseguindo abrí-los aqui em casa.
Mas tudo bem... Vamos que vamos! Uma hora a inspiração chega de novo.

Enquanto isso não acontece ( e eu vou tentando abrir a @#%&*** do documento, SE ALGUÉM SABE ME ENSINE, POR FAVOR!), vou fazer algumas considerações com base no post anterior.


Sabe aquela orgia de roupas... Pois é, usei quase tudo (e estou me danando para lavar tudo agora...ai ai), só não usei: bota de trekking, 01 vestido fresquinho ( o mais afrescalhado, de ir para baladinha), uma blusa de manga longa de malha fria vai-que-esfria, corta-vento, anorak, 01 meia de trekking.

O Marcelo que tanto criticou meu "mochilão imenso + bolsa vermelha média + bolsa de tecido com tudo que não pode perder" fez uma bagunça da peste no quarto com umas três bolsas de viagem e duas mochilas e umas vinte camisas de malha todas devidamente emboladas, amassadas e espalhadas para todos os lados. Me criticar é fácil... Quero ver ser EU! (recadinho dado, também te amo...)

Eu volto menos fútil no próximo post.


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Arrumando a Mochila - Vamos para a praia!!!

Comecei de novo a arrumação do mochilão, ele virou o limite de coisas que eu posso levar. Se eu fiquei 30 dias na Europa só com ele e uma bolsa-carteiro tem que dar para quinze dias de praia. Certo???
Mais ou menos.
Como eu sei que vou de carro acabei ultrapassando os limites físicos da mochila e precisei de uma bolsinha extra para guardar outras bolsinhas (nécessaire de cremes e remédios; nécessaire de banheiro com escova, enxaguante bucal, cotonetes, estas coisas; nécessaire para unhas com esmalte, acetona, algodão, lixa e palitos de dentes), a bolsa da câmera, chapelão vermelho de dar pinta na praia e minha bota de trekking. Aiai...
Vou pedir perdão aos mochileiros de plantão por este meu pecado... Eu sei que com força de vontade caberia tudo na mochila. :-(
Mas o Marcelo ajudou no excesso, ele me infernizou ontem dizendo que eu deveria levar uma bolsa extra, para tirar a roupita que eu vou usar na pousada e deixar o mochilão no carro. É...Ele não entende nada de ser mulher e tentar alimentar o espírito mochileiro... Desisti de explicar a real necessidade de eu ter TUDO comigo o tempo todo porque eu não ia saber o que eu iria precisar.

Ok. Vamos então a orgia de roupas...
Lista de roupas para quinze dias de praia .

2 biquines, 2 cangas, toalha de mentira, chapéu, boné, bolsa de tecido, sacola ecológica de tecido, havaianas, sandália de couro velha que se precisar jogo fora, sandália de couro linda para dançar forró, papete, bota de trekking, tênis muito velho para andar pelas pedras e depois jogar fora, guarda-chuva, 03 vestidos fresquinhos, uma calça de trekking, uma calça jeans tipo pescador vai-que-esfria, uma blusa de manga longa de malha fria vai-que-esfria, corta-vento, anorak, 02 shorts de lycra, 03 shorts/bermudas charmosos, outros 03 shorts, uma saia jeans tipo cinto que eu só uso na praia, 02 saídas de praia, duas camisolas, 11 camisetas/camisas de malha. O.o
brinquinho, pulseiras, roupas íntimas, 02 meias de trekking.

O resto da farofada toda esta por conta do meu namorado: pé de pato, máscara, kit de sobrevivência na selva-deserto-e-marte etc. E ele falou que vai comprar uma bóia pra mim, bunitinho rsrsr.

Vai ser um capítulo engraçado contar o que eu usei desta fofoca toda.

Vamos ver.

Bate e Volta - OURO PRETO E MARIANA


A comemoração do aniversário de Mamis não poderia ser melhor!!! Depois de muitas cervejas e castanhas de caju (no lugar do cigarro...) na sexta à noite e uma leve ressaca no sábado de manhã, partimos logo depois do café para Ouro Preto. A viagem de uma hora e pouquinho foi feita de carro, pelo nosso taxista e amigo Santana que fez um precinho ótimo, e rapidinho chegamos (Eu, Mamis, Vovuska e irmã)! Oba!
Eu não conhecia Mariana, mas foi minha quarta visita à Ouro Preto, minha mãe que mora do lado nunca tinha ido a nenhuma das duas cidades. Várias novidades.

Postal clássico de Ouro Preto, Praça Tiradentes.

Propaganda de Pousada no busão.

O Roteiro de um dia ficou assim:
- A mulherada chegou em Ouro Preto direto para feirinha de artesanato (principalmente em pedra sabão) e outras lojinhas. Na cidade você encontra bijus com pedras brasileiras a partir de R$2,50 e lindas joalherias com jóias de verdade com topázio imperial e outras coisas muito caras, tem para todos os bolsos.

- Fomos para Mariana de carro e almoçamos no Restaurante Lua Cheia (R. Dom Vicoso, 23, bem central), ambiente muito legal com algumas mesas ao ar livre, comida à quilo maravilhosa, com chopp artesanal, bom preço e ainda aceita meu Visa Vale Refeição. :)

- Depois de andar pelo centro voltamos para Ouro Preto de trem! Há dois horarios: Ouro Preto-Mariana às 10h e Mariana-Ouro Preto às 14h. Você pode comprar ida e volta por R$30 ou um trecho por R$18, e tem meia entrada para estudante e idosos.
Acima a estação e abaixo o visual lindo!


-De novo em Ouro Preto fomos ao Museu de Mineralogia (toda vez eu vou lá! Amo!) babar nas pedras e metais preciosos - um geólogo vai se rasgar de prazer em ver e de raiva por eu chamar tudo de pedra. Há outros não tão preciosos que são mais impressionantes que o mais brilhante diamante! Aliás, há uma estante no museu mostrando as imitações (falsificações), é assustador: quartzo-rosa a partir do cabo de uma escova de dentes rosa, esmeraldas a partir de pedaços de um garrafão de vinho. Medo medo, vou continuar comprando bijus... Fica da Praça Tiradentes, 20.

-Tomei o melhor cappuccino da minha vida no Chocolates Ouro Preto (Rua Getúlio Vargas, 72), acompanhado, é claro, de pão de queijo fresquinho! Ainda comprei chocolates para o meu namorado chocólatra.

-Passeamos mais um pouquito, fotos fotos fotos... Eram 17:30 quando entramos no carro.

Tá vendo a pontinha lá no fundo? É o pico do Itacolomi, fiquei sabendo que fizeram um parque legal com alguma infraestrututa, quero ir lá! :)


Essa eu tenho que mostrar e é a dica final: Vá com tênis ou sandálias baixas, seguras nos pés (e no chão principalmente) e muuuito confortáveis. Olha o troca-troca de sandálias entre Mamis aniversáriante e Vovuska. Estavam competindo quem tinha a sandália mais escorregadia rsrsr.


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Ibitipoca no JF sabor!!!

Enquanto a esperada viagem de férias não começa vou postar mais fotinhas de Ibitipoca.

Novidade para quem decidir conhecê-la este mês: O restaurante do Hotel Serra do Ibitipoca está participando do JF Sabor, um festival gastronômico de Juiz de Fora/MG e região, até 22 de novembro! Fui conferir o prato: Filé de truta defumada com pinhão no azeite e alecrim e arroz (R$29,90 individual). Delicioso este pequeno luxo!!!

Experimentando também o recurso foto panorâmica da nova máquina no parque.



Marcelo

Euzinha

Nas últimas semanas subi até a Janela do Céu três vezes! Ou seja... 42km...Cheguei lá no topo do Kilimanjaro rsrsrs. Claro que uma ida e volta por semana. Quero tentar fazer isso em três dias consecutivos, mas meu joelho dóóói!

Veja que interessante: A foto abaixo e da Lagoa Seca dentro do Parque...

E nesta outra aqui, do final de semana seguinte, ela está "Lagoa Cheia". Choveu um bocado mesmo... E eu peguei a chuva duas vezes na decida da Janela...


Agora vou fazer uma viagem rápida para dar um beijo na Mamis que tá de niver!!!





terça-feira, 3 de novembro de 2009

Antevéspera de férias...

Outubro acabou. Espero que com ele acabe toda minha síndrome de abstinência e que eu consiga voltar a escrever normalmente. Dia 05 de novembro serão trinta dias sem fumar (porque outubro tem 31 dias...), contagem regressiva.

Parar de fumar é reaprender a fazer tudo e o mais difícil para mim é controlar as ondas de agressividade, aqueles instantes intermináveis onde você se imagina estrangulando seu interlocutor. Em um passado próximo eu acenderia um cigarro, agora eu fico fazendo humilhantes exercícios respiratórios que me fazem parecer em trabalho de parto. Estou saudável como um pé de alface... Espero que alguma coisa boa aconteça.

Neste mês fiquei desesperada por exercícios físicos, buscando a tal endorfina que acalma. Nos últimos dois finais de semana subi à Janela do Céu e meu joelho voltou a reclamar nas longas descidas (7km), usei uma joelheira com furinho no meio que melhorou 40% da dor. Fui ao ortopedista que disse que meu joelho é lindo e saudável, está perfeito na radiografia, quase perguntei se ele queria trocar o dele com o meu. Quando voltar de férias vou a um especialista que ele indicou.

Pois éééé! Tô de férias de novo! Não realizei isto ainda. Sei que mereço (e pretendo fazer) uma linda viagem, desta vez com meu namorado (metade anjinho que me entende, metade diabinho que me irrita), desta vez para praia, desta vez para o Sol. Precisamos resolver ainda alguns detalhes...

Namorado irritante e sofredor sem saber o que dizer: - Você já tomou seu Zyban hoje???
Viajante em abstinência de nicotina (Eu) quase gritando: - Eu preciso me drogar para me relacionar com você?!

Volto falando de viagens, paisagens e sonhos. Chega desse papo de ex-fumante.
Óh senhor me ajuda...Eu sou uma ex-fumante agora...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

AS BATALHAS DE OUTUBRO II

Ainda tenho sobressaltos durante a noite... Acordo, olho para o teto, imagino estrelas para contar.
Desisto de contar, levanto, tomo um chocolate quente, deito. Levanto, tomo um copo de suco de soja, deito. Levanto, como seis biscoitos de leite, deito. E por aí vai. Esta foi a noite de ontem.

Ainda tem o horário de verão para desregular tudo de vez.

Agora já são 15 dias sem nicotina. O zyban funciona mesmo, não matei ninguém. Estou com saudades da rua, dos meus amigos e do chopp gelado nesse calor...Mas preciso continuar quietinha no meu retiro espiritual.

Aproveito que levanto muito cedo (será que eu cheguei a dormir?) e vou para academia queimar as calorias do assalto noturno à geladeira.

Pequenos surtos de consumo comemoraram as datas cabalísticas: três dias, cinco dias, dez dias, quinze dias!!! Todas as compras com as honras dos dinheirinhos economizados de 27 maços de cigarro/mês... Assim...dos próximos oito meses. ;-D

Agora já estou conseguindo ficar mais tempo na frente do PC e já estou pesquisando pousadinhas no sul da Bahia. Aí que delícia!!!

Também tem niver de Marcelo e Karina e Mamis... Daqui a pouco já é Natal... Daqui a pouco 2010! O.o

Muita coisa pra fazer...
Eu volto.


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

AS BATALHAS DE OUTUBRO.

São três horas da madrugada. Em ponto.
Estou no meu segundo dia consecutivo de insônia.
Estava lendo Comer Rezar e Amar, livro muito bom, bem humorado etc e tal, se bem que eu queria estar naquele outro... Beber Jogar e F@#er.

Para quem escolheu as viagens como vício, algumas outras dependências químicas não caem bem. Como vou subir no Kilimanjaro com o meu pulmão de fumante? É bem diferente de subir para a Janela do Céu em Ibitipoca - Se bem que eu faço 7km de subida pesada em uma hora e quarenta minutos e me orgulho muito disso... - Mas como eu vou lidar com 5000m de altitude???

Vamos para um objetivo mais modesto. Como eu vou passar na prova do curso de mergulho que pretendo fazer?? Tenho que nadar sei lá quantos milhões de metros e boiar sei lá quantos dias!!! Então, eu preciso aprender a boiar (sou um tijolo na piscina...), a nadar direito ( e não apenas me debater, e por alguma força mística me manter na superfície) e ter fôlego para isso. Aí que entram meus pulmões, de novo...

VIVER MATA!!!

Esta era minha frase. Ninguém iria me convencer que eu precisava largar meu cigarro por causa da saúde. Eu simplesmente respondia: - Viver mata...
E eu não sou tão vaidosa a ponto de me importar com uma ou outra ruga que o cigarro causa...
Meu namorado não usuário de nicotina não me comoveu. Tá bom... Comoveu um pouco..
Porém, contudo, todavia... Pensar em não atingir meus objetivos por causa da minha incapacidade pulmonar me deixava irritada. Nada melhor que um desafio, uma novo sonho para me deixar realmente motivada!

E foi olhando muito o "Kili" do papel de parede do meu PC que tomei coragem para ir ao médico e comprar o tal do Zyban. Desde o dia 28 de setembro estou me drogando com isso, e desde então não consigo chegar perto do teclado para escrever sem me sentir amputada. Sabe... Ler e escrever com café e cigarro, é uma delícia.

É uma luta desigual... Não posso beber por causa do remédio. PqOpariu! É muita privação oral junta! E marquei para 12 de outubro a famigerada data, para combinar com N. Sra. de Aparecida, vai que dá uma forcinha, e também para pagar duas dúzias de promessas que eu fiz, nos últimos dez anos, sempre que eu passava por algum aperto. Promessas nunca cumpridas pois eu nunca largarva o cigarro conforme combinado.

Mas, eu já estava tão P da vida em ficar contando cigarros e horas, que decidi adiantar de vez o sofrimento final. E eis que estou no meu segundo dia, agora terceiro, com nicotina zero. Logo minha segunda noite de insônia, ao menos provei para mim mesma que consigo juntar as palavras e formar uma frase sem fumar.

Estou me afogando de beber água, acho que vou sobrecarregar meus rins. Enriquecendo mais ainda a Adams de tanto chupar Halls preta diet. Reduzi os chicletes pois iria acabar com um problema de mandíbula e já estava me parecendo com uma cabra com as beiças mastigando o dia inteiro.

Então é isso... Vamos torcer para dar certo.
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Estava tentando corrigir o texto... São quatro da manhã. Em ponto.