domingo, 31 de maio de 2009

Fim desta viagem

Dia 29 de maio, sexta-feira: Último dia em Paris, último dia da viagem.
Eu não tinha mais espaço no meu disco rígido cerebral para mais informação, acordei bem cansada, super ansiosa para voltar para casa, saudade de tudo: da minha mãe, do meu namorado, da minha cachorrinha, da minha cama, do meu banheiro, de toalha de verdade, de arroz com feijão, pão de queijo e de café brasileiro.
Cheguei a pensar em ir ao Panteão, só pensei. Tinha uma missão importantíssima: acabar com meus euros!!!
Fui novamente para o metro Ópera, novamente para os grandes magazines e fui novamente para a Galeria Lafayette. Andei de novo, e sem medo, pelos seis andares. Da para rir e chorar... Nas grandes e clássicas marcas foi só mesmo observar as tendências, eu não iria dar nunca cem euros em uma regata de malha, meu dinheirinho não é para tanto. Subi para o andar dos casacos, experimentei, de novo, o maravilhoso e translubrante trench coat...E...Comprei o casaco. Compreeei, compreei, está comprado!!! Depois de mais alguma perambulação, fui embora da loja com meu pequeno tesouro.
Detalhe: A loja é um glamour só, mas na hora de eu pegar o retorno do imposto desci uma escadinha sem graça e mal sinalizada, demorei um pouco para a encontrar, peguei o tal papel cor de rosa que serve para não sei o que, e fui para outro lugar, do outro lado da loja, pegar meu dinheirinho, e, pelo que entendi, eu tinha que pegar um carimbo em algum lugar do aeroporto e postar o tal papel cor de rosa no correio de lá. Confuso.
Ok. Voltei para o hostel, arrumei a mochila e sai para jantar, sim, enrolei tanto nas lojas que já era tarde. Fui a uma pizzaria e pedi a pizza mais demorada de todo mundo, e olha que era para viagem e o nome do estabelecimento era Speed Rabbit. Cinquenta minutos depois voltei com a minha janta para o hostel.
A Manuele, recepcionista do hostel, reservou um taxi para mim. Odisséia. Eu que sou neurótica por chegar com antecedência aos lugares, principalmente quando eu tenho que pegar um carimbo em um papel cor-de-rosa em algum lugar do aeroporto, queria sair as quatro da madrugada. O motorista do outro lado da linha disse que era muito cedo, que o aeroporto só abre as cinco, que eu deveria sair as cinco. Respondi:" - Quatro e meia e não se fala mais nisso." Estava marcada quatro e meia. Preço: 50 euros. O meu avião saia 7:20, iria chegar ao aeroporto às cinco, não sou tão neurótica assim.

Dia 30 de maio, sábado.
Quem foi que disse que o francês preguiçoso, FDP, apareceu? Cinco minutos antes da hora marcada, estava eu de mochila e cuia na porta do hostel. 04:30, 04:35, 04:40 e nada. Cadê o francês, cadê a pontualidade européia???
Parou um taxi para deixar uns hóspedes, eram 04:45, perguntei se ele poderia me levar ao Orly. Sim? Então vamos nós. O francês preguiçoso, se foi ao hostel, ficou no vazio. Que raiva! Preço da corrida: 28 euros.
E estava aberto o aeroporto! Percebi que o tal lugar que eu deveria pegar o carimbo no papel cor-de-rosa era no outro terminal e o meu check-in já tinha começado. Lamento seu guarda, mais vai ficar sem carimbo.
Check in, detector de metal, que glória, já estava na área restrita e faltavam 40 minutos para o embarque...E o free shopping estava aberto! Perfuminho comprado, com dinheiro economizado do taxi e mais um tantinho que tinha.
Agora era relaxar... Que engano!
Se a conexão para chegar em Paris me fez achar que tudo funcionava... Me desenganei.
Lisboa: Avião preso na pista por causa de congestionamento, e o tempo passando. Desci do avião: "-Cade as pessoinhas com plaquinhas que teve na vinda?" Não tinha. E o tempo passando. Conexão, merda de detector de metais de novo, fila para pegar o carimbo, merda! já eram 9:30, o avião partia em cinco minutos, cem pessoas na minha frente. Pensei: F*, vou perder a P* do avião!!!
Eis que aparece um funcionário da TAP e pergunta: "-Quem vai para São Paulo?" Um terço da fila grita: Eeeeeuuu! "- Então vem por aqui." E eu? Fiquei a esperar. O moço volta e pergunta: "-Quem vai para o Rio?" Até pulei: "-Eu! Eu! Eu!" Eu e mais um terço da fila. E lá fomos correndo para um guichê separado pegar o carimbo de saída. E correndo para um ônibus. E no avião os pobres coitados que pegaram o embarque às 8:35 nos olhando como se a culpa fosse nossa. Culpa da conexão de uma hora da TAP! Já eram 10hs.
O avião não era o luxo que foi o outro, mas eu estava feliz demais por ter conseguido embarcar para reclamar.
Muito tempo depois e com a bunda doendo de ficar sentada cheguei ao meu amado país, fila imensa, demora para pegar bagagem, free shopping de novo, liberada na receita, graças a deus! Abracei meu namorado e tudo acabou bem!
E o carimbo no papel cor-de-rosa? Li que se não conseguisse o carimbo podia justificar por carta. Vou jogar este post no tradutor Google, passar para o francês, e mandar da forma francesa que sair! rsrsrsrs.
Agora estou descansando e vou arrumar as fotinhas para postar e um resumão de dicas.
Beijinhos!!!

4 comentários:

  1. Eu ainda não entendi muito bem esse lance de papel rosa, carimbo para ganhar desconto do imposto, pula em um pé só e dá três rodadinhas...
    Anyway....
    Ai ai, bom saber que você está de volta. Sã e salva. Agora posso ficar mais relax. Espera aí... cadê Greice? Cadê notícias de Greice? Aí Jesus, lá se vão meus últimos fios de cabelo....

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  2. É um papel que prova para algum órgão tributário que você saiu do pais, logo não é obrigado a pagar o imposto. Eu acho que é isso.
    Ainda não sei da Greice... O vôo dela é diferente do meu, horário e aeroporto. Beijim

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  3. Eh,Simone!!!Vc é ótima!Coisas que me deixaria tensa,vc conta com tanta naturalidade.E melhor, me faz rir!!!!Te amo, beijo.

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  4. Meu, eu tive um papel azul na Argentina. Deisti de pegar o reembolso de imposto pq brasileiro gosta e fila e em B.Aires era só brasileiro q tinha...

    Adorei toda a saga de vcs duas.

    Bon retour au Brésil!


    V for Verônica

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